Em comunicado enviado à redação do Terras do Ave na tarde desta 3.ª feira, a Comissão Concelhia de Vila do Conde do PCP expressa a sua “indignação” face ao despedimento coletivo que está iminente na fábrica de conservas, Gencoal como, aliás, já lhe contámos (recorde aqui).

A empresa justifica a abertura da porta da rua como uma consequência das dificuldades em Itália está a viver empresa-mãe na obtenção de azeite e de alumínio para fabrico das latas, mas esse argumento para os comunistas não colhe uma vez que “os factores referidos para justificar a decisão da empresa não afectam as restantes empresas do sector”.

O PCP “manifesta a sua total solidariedade com as trabalhadoras” visadas com “uma tentativa de despedimento que tem tanto de injusta como de incompreensível” e pergunta: “para onde foi o dinheiro?” já que os salários praticados são baixos e o trabalho “feito em condições a roçar a indignidade”. Isto apesar dos operários garantirem uma produção de conservas “caraterizadas pela sua alta qualidade”

O tempo do anúncio da empresa também não é, para o PCP, inocente.: “A coincidência da decisão da empresa ter sido tornada pública após os resultados eleitorais é um sinal da mudança que a actual maioria na Assembleia da República irá trazer ao País e ao concelho e das suas nefastas consequências, que devem ser denunciadas e rejeitadas desde já”, dispara.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação e Bebidas (STIANOR) admitiu, através de declarações do seu coordenador, José Armando Correia, ao Jornal de Notícias, ter sido apanhado de surpresa pela decisão da Gencoal e está, desde então, a tentar impugnar o despedimento coletivo.

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