Opinião de R. Cunha Reis

O desaparecimento do edifício da esquadra possibilitaria a criação de uma escadaria larga e suave para acesso ao Largo do Carmo e como que faria aproximar o Convento e a Igreja da margem do rio, da nau que nele se encontra, da Alfândega Régia e  do Cais das Lavandeiras valorizando todo aquele espaço.

Simultaneamente, os quintais das casas da Rua dos Prazeres, actualmente encobertos pelo edifício da esquadra e de muros pouco nobres, ficariam em condições de ser valorizados, de algum modo de forma semelhante ao que aconteceu com os das casas da Rua das Donas que são voltados para a Rua do Cemitério; isto é, substituindo os muros antigos por muros de pedra de qualidade, e abrindo neles porões amplos que possibilitem a recolha de veículos. Ainda sobraria espaço para ajardinar.

Manter o edifício da esquadra é que será um erro, porque não tem qualidade arquitectónica, nem condições de funcionalidade para o que quer que seja, só ali estando a embaraçar. O Largo do Carmo precisa de se espraiar.

Publicado no jornal a 21 de fevereiro. Outras opiniões: Miguel Torres, João Paulo Meneses, Carolina Vilano, Elizabeth Real de Oliveira e Pedro Pereira da Silva.  Na atual edição em papel: Abel Maia, Gualter Sarmento, Adelina Piloto, João Paulo Meneses e Sara Padre.

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