O presidente da Câmara de Vila do Conde anunciou, na manhã desta 4.ª feira, em conferência de imprensa, que as Grande Opções do Plano que serão votadas amanhã, em reunião extraordinária do executivo, contêm um orçamento previsional para o próximo ano de 135 milhões, ou seja, “o maior de sempre”.

Em relação ao ano anterior, são mais 23 milhões de euros (20,54 por cento) e Vítor Costa adiantou que do bolo total, 69 milhões serão para “despesas de capital” (investimento) sendo o restante para o pagamento de custos correntes.

O edil destacou os investimentos idealizados para o parque escolar municipal (10,5 milhões de euros), na Estratégia Local de Habitação (21 milhões), na ampliação da rede de águas e saneamento (6,4 milhões), na transferência para as freguesias (1,4 milhões) e na execução de “grandes obras” (5,6 milhões de euros) em ligação com a Administração Central como a esquadra da PSP, a intervenção no Convento do Carmo para receber o Centro de Estudos Judiciários, a requalificação do muro que confronta como rio Ave, na Praça da República, e a reabilitação das Igrejas de Santa Clara e da Matriz.

Já com vistos do Tribunal de Contas, começou a “requalificação urbana e de infraestruturas” nas Caxinas (2,8 milhões) e “até ao final desta semana” terá início a obra de renovação do espaço público sobretudo aos armazéns de aprestos, na  Poça da Barca (2,2 milhões ).

Outros empreendimentos em curso ou para a avançar: a requalificação de 4 centros de saúde (Malta, Labruge, Junqueira e cidade) que vai custar 800 mil euros, o avançço Parque Ribeirinho em Azurara (um milhão) e da ecovia junto ao rio Onda em conjunto com Matosinhos (um milhão de euros de investimento total).

Sobre o valor da dívida, Vítor Costa disse que haverá “uma diminuição de quatro milhões de euros” em relação ao verificado em 2021 e que serão extintos 11 contratos de empréstimos de médio e longo prazo. “A capacidade de endividamento municipal é de 80 milhões de euros , muito longe do limite”, reforçou.

Antevendo possíveis críticas da oposição, os jornalistas perguntaram ao autarca se o orçamento estava “empolado” e era “eleitoralista” (críticas feitas no ano anterior em que também houve a apresentação do maior orçamento de sempre) e Vítor Costa respondeu que, mesmo que o próximo ano não fosse de eleições autárquicas, não lhe alteraria “um cêntimo” até porque o documento “é realista, equilibrado e faz justiça” ao que prometeu desde o primeiro dia: a captação máxima de fundos comunitários possível.

Neste aspeto, sublinhou que as candidaturas aprovadas até à data garantiram para Vila do Conde 24,6 milhões da União Europeia (UE), mas foram solicitados 60 milhões muitos quais ainda aguardam uma decisão favorável dado o percurso burocrático que têm de trilhar.

Outros assuntos tratados no encontro com a comunicação social serão posteriormente detalhados pelo seu jornal Terras do Ave entre os quais a iniciativa presidencial de apresentar “queixas-crime” contra autores de recentes publicações nas redes sociais que puseram em causa a honorabilidade do presidente da autarquia e da própria Câmara.

Vítor Costa vai submeter uma proposta nesse sentido ao executivo na sessão de amanhã, mas não indicou quem serão os alvos concretos das iniciativas judiciais que, vincou, não têm “intuito punitivo, mas esclarecedor” já que “todos os processos serão esclarecidos pelo Ministério Público”.

Ainda assim apelidou de “infames” as referências feitas na Internet aos gastos com a contratação de serviços de fotografia e de espetáculos.

Refira-se que esses são aspetos que encontra na edição em papel do seu jornal Terras do Ave que já está nas bancas e que traz muitos mais assuntos (veja aqui)

 

 

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