1. Custa escrever estas coisas, mas são factos indesmentíveis: o Rio Ave saiu da Luz humilhado pelo resultado, mas sobretudo pela exibição. Na época passada perdemos 4-1 na Luz, mas o Rio Ave terá feito a melhor exibição da época (uma expulsão na segunda parte deitou tudo a perder). Desta vez não há nada que se possa dizer a nosso favor. Jogadores sem garra, com uma atitude demasiado frouxa e sem intensidade. Perdemos 5-0 e até foi pouco para as oportunidades que eles tiveram e para as zero oportunidades que o Rio Ave teve (Mizta foi o nosso melhor jogador). Como é possível jogar tão mal? O que se passa com esta equipa e com este treinador, que fazia melhor quando não tinha recursos do que agora que tem um extenso plantel à sua disposição? Se era para perder por poucos mais valia termos apenas defendido (que foi basicamente o que fizemos) com mais jogadores na defesa e no meio-campo. Os Rioavistas já não estão habituados a serem humilhados noutros campos.
  2. Freire já lançou quase todos os 19 reforços que chegaram. Soluções não lhe faltam, mas muitos deles estão longe de confirmarem que são reforços (exemplos? Aqui ficam três: Pohlmann, Bondoso ou Tomé). Com as alterações feitas na Luz, Freire deitou abaixo o seu onze-base, fazendo experiências (Mizta até acabou por ser o melhor). Correu, como era normal, mal. Não faltam opções, falta o quê? Freire voltou a ser ‘despedido’ no final do jogo da Luz pelos adeptos presentes e se não ganhar ao Casa Pia juntar-me-ei a eles, sábado na bancada. Sábado é tudo ou nada.
  3. Daqui para a frente o Rio Ave tem oito jogos com equipas a quem tem obrigação de ganhar (ou pelo menos pontuar, fora de Vila do Conde). Acabaram as desculpas. O fundo da tabela olha para nós. O investidor, imagino, será o primeiro a estar descontente com o que se passa: não só os resultados são fracos, com a equipa é inconstante nas exibições e nenhum jogador se está a destacar.
  4. Na última Assembleia Geral, além da aprovação do Relatório e Contas relativo a 2023/24, a Presidente do Clube (e vogal da Administração da SAD) revelou que o investidor grego (formalmente a RAH Sports) vai deixar em Vila do Conde, até 30 de junho de 2025, cerca de 26 milhões de euros. É evidente que este dinheiro não se destina todo ao futebol: foi preciso liquidar dívidas, há alguns investimentos (no estádio, por exemplo), há ordenados da estrutura para pagar e abate do passivo. Serão 17 milhões para o orçamento da SAD, mais 6 gastos em ativos (jogadores). O meu comentário: no final de contas, o Rio Ave agora é uma empresa e, como todas, tem de dar lucro. Mas não esperava um investimento tão forte logo no primeiro ano, que até tem sido descrito como ‘ano-zero’ Publicado no jornal (edição em papel) a 30 de outubro. Outras opiniões: Abel Maia, Elizabeth Real de Oliveira, Adelina Piloto, Gualter Sarmento e Fátima Augusto.
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