A Igreja Matriz de Vila do Conde foi assaltada na noite de 2 para 3 de julho (de terça para 4.ªfeira) e os prejuízos “são muito elevados” para a Paróquia de S. João Baptista como confirmou ao jornal Terras do Ave o prior Paulo César Dias.
Ao que conseguimos apurar junto de uma fonte policial, depois de se introduzirem no templo, os meliantes, que pelos indícios utilizaram ferramentas de corte, estroncaram portas e armários e causaram diversos estragos em lampadários, objetos de culto, caixas de esmolas e cofres.
A arte sacra escapou.
A ação criminosa terá sido meticulosamente preparada e agendada já que, além de aparentemente se saberem movimentar no espaço (inclusive fechando portadas de vidraças para não se ver do exterior qualquer luminosidade), os ladrões atuaram numa altura em que as ofertas dos fiéis depositadas nas caixas de esmolas ainda seriam significativas por causa das recentes festas do padroeiro de Vila do Conde, o S.João.
A este propósito, a mesma fonte policial revela que há no país o registo de mais assaltos a igrejas após festas religiosas pelo que as autoridades não afastam a hipótese de estar em ação um bando especializado nesse tipo de crimes.
Em Vila do Conde, das caixas de esmolas terão desaparecido “talvez quatro mil euros”, estima o Paulo César Dias, lamentando que o assalto, por azar, tenha ocorrido na madrugada anterior à manhã prevista para ser feito o depósito no banco.
O pároco pensa que o resto da destruição causada pelo vandalismo dos assaltantes possa ascender a 10 mil euros o que, somando todos os prejuízos, “é um rombo muito grande nas contas da paróquia” que tem procurado dignificar a Igreja que diz muito aos vilacondenses.
O prior revela que recebeu, através do presidente da Câmara, Vítor Costa, o apoio do município para a primeira intervenção da reposição das condições de segurança da Igreja e a garantia de que será feita pressão sobre os organismos estatais que gerem os monumentos nacionais – como é o caso do imóvel religioso – para que seja possível reforçar os sistemas de segurança e de vigilância com meios eficazes.
Enquanto isso, foi feito um apelo a quem tenha reparado em algo de estranho naquela madrugada nas imediações da Igreja que comunique tal facto à PSP que ativou a sua Divisão de Investigação Criminal.
Imagem : Arquivo

