A sessão de ontem à noite deve ter sido das mais rápidas da história da Assembleia de Freguesia de Vila do Conde ( o respetivo presidente do órgão, José Rocha, admitiu-o no final).
Teve seis minutos e 8 segundos.
No início da sessão, o líder do órgão deliberativo, José Rocha, fez menção à existência de um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte com imposições à forma como a reunião devia decorrer, designadamente com intervenções “objetivas, rigorosas e se restringissem, em absoluto, ao estritamente necessário para apresentação e esclarecimento de assunto, portanto neutras (…) não podendo ser usadas para qualquer tipo de debate eleitoral ou alguma forma de propaganda política positiva ou negativa”.
Moral da história: nenhum deputado interveio.
Apenas o presidente da Junta, Isaac Braga, proferiu duas frases para justificar que estavam nos documentos entregues todas as explicações dos pontos agendados:
“informação escrita, do Presidente da Junta de Freguesia, sobre o estado da Prossecução das Grandes Opções do Plano para 2025” e “informação escrita sobre a conta de gerência até agosto de 2025”.
Sem intervenções nos períodos de “antes” e de “depois da ordem do dia”, José Rocha deu por concluído o encontro que, como recordou, resultou de um “imperativo legal” invocado pela CCDR: a necessidade de em setembro ser realizada uma sessão da assembleia, embora com diversas restrições.
Esse conjunto de normas de funcionamento fechou a boca aos deputados como tinha sucedido, aliás, no dia anterior na Assembleia de Municipal de Vila do Conde (recorde aqui).
Para a história fica também a despesa de funcionamento da sessão, inclusive o pagamento de senhas de presença aos deputados, que estiveram uns minutos no Salão Nobre para…não dizerem nada.
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