Aproximam-se a passos largos as eleições autárquicas marcadas para 12 de outubro de 2025, e com elas aumenta a esperança de mudança política.

De 1822 a 2025 a Câmara Municipal de Vila do Conde foi liderada por 59 presidentes, todos do género masculino, com uma única exceção, e no tocante às freguesias do concelho, o número de Presidentes de Junta de Freguesia dos últimos 50 anos de democracia atinge as duas centenas.

As autarquias locais são uma importante vertente do sistema democrático e só com o Constitucionalismo de 1976 passaram a gozar de uma efetiva autonomia em Portugal, passando os órgãos autárquicos a ser eleitos por escrutínio secreto e sufrágio universal. Trata-se de eleger os candidatos mais próximos da população, que irão gerir nos próximos quatro anos as câmaras municipais e as freguesias dos atuais 308 municípios existentes no país, motivo pelo qual é fundamental que cada eleitor faça a sua opção com consciência e sentido de responsabilidade.

É muito importante que cada eleitor procure informação credível acerca do caráter, integridade e honestidade dos candidatos, é fulcral conhecer o historial de vida e político dos pretensos líderes e dos que já estão ou estiveram no poder, é imperioso analisar as suas ideologias e práticas no desempenho do cargo.

O exercício de poder por parte dos autarcas locais pressupõe que cada decisão seja tomada ao abrigo da lei, mas o problema surge quando se julgam acima da lei e não prestam contas nem respeitam os princípios basilares democráticos.

O voto consciente pode ser um forte instrumento de mudança política e social, por isso vote, mas antes informe-se, pondere, analise, compare, reflita. Não se deixe manipular por falsas promessas, analise se cumpriu as que prometeu, seja prudente, faça escolhas com base em informação fidedigna, vote com o coração ancorado na razão.

Este artigo está na última edição em papel do seu jornal Terras do Ave (veja a 1.ª página aqui

Outros autores de opinião: João Paulo Meneses, Romeu Cunha Reis, Elizabeth Real de Oliveira e Miguel Torres.

Array