Pela segunda vez na presente época balnear uma descarga poluente ilegal, na rede de águas pluviais, está a impor o hasteamento da “Bandeira Vermelha”, na Prainha, nas Caxinas, apesar do mar estar calmo e apetecível para banhos.
A comandante da Capitania de Vila do Conde, Mónica Martins, confirmou ao Terras do Ave que a interdição, pela Direção Regional de Saúde, foi tomada no passado sábado e que a situação é idêntica à ocorrida há cerca de um mês, em concreto no dia 19 de junho.
Nas duas situações, a contaminação chegou ao mar através de um emissário reservado para o transporte de água das chuvas (pluviais), mas que alguém, em terra, está a utilizar de forma ilegal para escoar águas residuais, aparentemente, esgotos.
Ao que pudemos apurar junto de uma fonte do sistema, além de técnicos da Câmara Municipal também a Indaqua, empresa concessionária das redes de água e saneamento, já tem meios técnicos e humanos no terreno para detetar a fonte da infração, que está a prejudicar a imagem de uma das praias mais frequentadas da cidade, até devido ao facto de possuir duas baías.
Aliás, a procura elevada por banhistas levou a autoridade marítima a reclamar a montagem, no local, de um posto de vigilância dos banhos, contrariando o procedimento habitual de só existirem nadadores-salvadores nas “Águas Balneares” às quais, refira-se, a Prainha não pertence.
A falta dessa classificação (atribuída numa portaria governamental antes da abertura da época balnear) retira-a igualmente do rol de praias onde a Agência Portuguesa do Ambiente faz análises periódicas à qualidade da água do mar.
Neste caso, a poluição tem sido tão notória a olho nu que, como medida preventiva, a Delegação de Saúde tem mandado, de imediato, cessar a permissão de banhos.
Aguarda-se agora o resultado de análises laboratoriais (as colheitas já foram feitas) que atestem o regresso da qualidade à água do mar e justifiquem a retirada da “bandeira Vermelha” (se as condições do mar assim o permitam também).
Em junho, o atestado laboratorial benéfico demorou uma semana a surgir (recorde aqui).
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