Direita, esquerda, centro, centro-esquerda, centro-direita – estas são expressões usadas por comodidade, mas que no fundo nada evidenciam quanto ao seu significado profundo. Tal como nada dizem quanto àquilo em que se demarcam. Nos dias que correm, aquilo em que em verdade se diferenciam as diversas forças políticas são os seus objectivos económico-políticos e sociais.
Portugal é membro da União Europeia, e todos os que a ela pertencem praticam programas político-económicos neoliberais impostos pela União. Programas que a larga maioria dos partidos portugueses apoiam. Nessa larga maioria poderão uns pender para um neoliberalismo mais keynesiano, isto é, mais moderado, temperado com algumas preocupações sociais; e outros por um neoliberalismo puro e cru, de ganância pura e simples; mas, no fundo, ambos navegam no mar da abissal diferença entre os níveis de rendimento das famílias.
São poucos os partidos nacionais ou estrangeiros que se batem por verdadeiras políticas de justiça económica e social, mas ninguém pode negar-lhes a grandeza da sua moral e dos seus princípios.
Este artigo está na edição em papel do seu jornal Terras do Ave que já encontra nas bancas (veja aqui a 1.ª página).
Outras opiniões são assinadas por João Paulo Meneses, Miguel Torres, Rui Saavedra, Elizabeth Real de Oliveira, Marta Calado e Carolina Vilano.

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