Já estamos muito perto de novas eleições para a Assembleia da República.
Pelo que ouvimos nos canais de televisão, a elucidação do povo português sobre as soluções para os problemas do país será clara e completa com os exíguos debates que organizam entre os dirigentes dos diversos partidos. Esta receita, ao contrário dos caldos de galinha, não é coisa que não faça mal a ninguém, porque procura iludir-nos a todos. O resultado, aliás, é claro: fazem-se os debates, e, quando chega o dia das eleições, metade dos eleitores fica em casa.
Para que um cidadão tenha condições de avaliar as múltiplas questões que se põem para a governação de um país é preciso instruí-lo com um bom número de disciplinas e matérias. Nos currículos escolares do ensino obrigatório praticamente nada de substancial existe para preencher esta lacuna; e os canais de televisão, com a sua habitual parcialidade, ora sonegam informação ora a distorcem; e os “tempos de antena”, com a sua exígua dimensão, são um verdadeiro embuste. Saber o suficiente para entender os problemas políticos e sobre eles tomar posição, exige mais aprendizagem do que para tirar um curso superior, mas o que é proporcionado ao povo fica muito aquém da antiga instrução primária.
Assim não vamos lá.
Este artigo está na edição em papel do seu jornal Terras do Ave que já encontra nas bancas (veja aqui ).
Outras opiniões são assinadas por João Paulo Meneses, Miguel Torres e o prior Padre Paulo César Dias

