1. O Rio Ave vai terminar a época pior do que a começou e pior do que as primeiras jornadas de Petit. Que venha alguém muito inteligente e explique. Nesta altura há 9 pontos entre o lugar do play-off e o Rio Ave, o que significa que teríamos de perder os três jogos e o AVS conseguir três vitórias. Ou seja, a manutenção não está garantida matematicamente, mas é muito provável. Que acabe o campeonato, o mais rapidamente possível, e que a nova época seja preparada de outra forma, a começar por um treinador que saiba estar sintonizado com os objetivos do investidor e um plantel com cabeça, tronco e membros.
  2. Nestes 15 dias, o Rio Ave empatou com o Santa Clara, foi eliminado pelo Sporting da Taça de Portugal e perdeu por 3-0 em Guimarães. Se é certo que as possibilidades no jogo da Taça eram poucas, a verdade é que se podia e devia esperar mais desta equipa, com jogadores pagos principescamente e que estão a lutar para não descerem até à penúltima jornada. A equipa parece estar à deriva e o treinador não está melhor orientado. Exemplo: acho que faz sentido uma equipa ter mais do que um sistema tático, mas não se percebe em que circunstâncias o Rio Ave joga com dois ou com três avançados (em Moreira de Cónegos foram três; em casa, com o Santa Clara, foram dois; em Guimarães começaram três e na segunda parte passaram a dois, quando a equipa perdia por 3-0). Petit, cuja contratação defendi, tem-me desiludido: em Guimarães esteve apático, limitando-se a tirar o infeliz Tomé, que esteve nos dois primeiros golos do adversário. Mas, quando se esperavam alterações ao intervalo, nada aconteceu.
  3. Outro dia, um amigo e leitor do Terras do Ave dizia-me que escrevo demais sobre a SAD. Repito o que lhe disse: temos a SAD mais estranha e mal gerida da primeira liga e isso preocupa-me porque se reflete na equipa. Sim, há uma dose de responsabilidade do investidor no que tem sido o percurso muito fraco desta equipa. Não acreditam? Aqui vai um exemplo desconhecido da maioria: quantos ‘presidentes’ ligam no final do jogo da primeira jornada a despedir o treinador (sim, frente ao campeão Sporting…)? Felizmente alguém convenceu Marinakis a pensar melhor e Freire continuou, mas isto não é maneira de liderar uma equipa.
  4. SAD outra vez: um dos dois administradores executivos foi destituído, motivo que só se usa em casos extremos. Diogo Ribeiro, como sempre escrevi, não tinha perfil nem currículo para desempenhar estas funções, mas não foi ele que se escolheu a si próprio! Nesta altura, a SAD tem três administradores e um, o presidente, anda entre Londres e Vila do Conde. Se Marinakis gerisse assim a empresa de barcos já tinha ido à falência. Até assusta

Este artigo está na edição em papel do seu jornal Terras do Ave que já encontra nas bancas (veja aqui ).

Outras opiniões são assinadas por Romeu Cunha Reis, Miguel Torres e o prior Padre Paulo César Dias

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