Os problemas de trânsito em Vila do Conde vão-se agravando num declive que parece não ter retorno.

Desde há dezenas de anos que venho alertando para este problema e sublinhando que a sua causa é uma absoluta falta de planeamento urbanístico de longo prazo. Este planeamento teria que ter sido particularmente rigoroso tendo em atenção a localização da urbe, visto que a Oeste temos o mar, a Sul e em pare a Leste, temos o rio, e a Norte temos a cidade vizinha cujo planeamento foi e é ainda mais catastrófico que o nosso.

Em tais circunstâncias, é evidente que quase todo o trânsito de entrada ou saída da cidade tem que passar pelo seu centro.

A solução teria que ser restringir acentuadamente a construção de habitações em toda a área da cidade situada a Sul entre o rio, o mar e a Avenida do Ferrol.

Porém, nada disso foi feito.

Pelo contrário, a construção foi-se avolumando substancialmente nessa área, e, mesmo agora que já são mais que notórias as consequências desse erro, a intensificação da construção continua, como se ninguém se dê conta deste absurdo urbanístico.

Assim não vamos lá.

Este artigo integra a última edição em papel do seu jornal Terras do Ave (veja 1.ª página aqui)) .

Outros autores: João Paulo Meneses, Miguel Torres, Elizabeth Real de Oliveira, e Carlos Real.

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