Tal como lhe prometemos ontem (recorde aqui) publicamos a 2.ª parte das respostas do presidente da Câmara de Vila do Conde Vítor Costa, por escrito, às questões colocadas pelo jornal Terras do Ave que abordaram assuntos que têm alimentados as críticas e, nalguns casos, elogios ao seu mandato.

Todo o trabalho foi publicado na última edição em papel do jornal.

Terras do Ave -Na última assembleia municipal, a NAU sustentou que, no anterior mandato, houve um acordo com a Associação dos Bombeiros para que esta instituição pudesse construir um posto de abastecimento de combustível junto ao quartel. Mas esse equipamento aparece agora lançado pela Auchan junto ao hipermercado e houve referências, na assembleia, de que a respetiva aprovação retira uma fonte de receita aos bombeiros. Isto é verdade?

Vítor Costa – É um assunto a que já dei resposta na última Assembleia Municipal. Todos gostaríamos naturalmente que o posto de combustível fosse dos bombeiros. Mas a verdade é que foram necessários procedimentos cadastrais e de registo, por parte da Instituição, que não permitiram, em tempo, que tal fosse possível. Noto, no entanto, que a direção da Assembleia Humanitária, tudo fez para que esses procedimentos fossem bem-sucedidos.

Entretanto, os serviços municipais receberam uma proposta para instalação do referido posto e, legitimamente, como em muitos outros locais do concelho, analisaram e aprovaram a proposta de instalação desse equipamento. De qualquer modo, posso esclarecer que a Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila do Conde, com quem a Câmara Municipal mantém excelentes relações institucionais, já está, também, e em conjunto, a encontrar outras formas de financiamento da instituição que nunca foi tão apoiada pelo Município como é hoje.

E posso adiantar que no âmbito das candidaturas ao próximo Quadro Comunitário, este Executivo Municipal decidiu que a esmagadora maioria dos fundos comunitários para a Proteção Civil serão, ao contrário do que era feito anteriormente, para esta nossa prestigiada Instituição.

O Terras do Ave verificou os contratos feitos para os concertos de verão e houve valores mais altos do que os praticados, pelos mesmos artistas, noutras terras. Como pode explicar isso?

Conforme explicado a este jornal, os Concertos de Verão assumem uma importância grande na atividade cultural e de animação do Município. Garante aos vilacondenses a oferta, de forma gratuita, de concertos de qualidade e atraem a Vila do Conde milhares de visitantes, contribuindo substantivamente para a promoção da economia local.

Há uma campanha de mentiras e calúnias contra o Presidente da Câmara e a Câmara. Há uma tentativa de criar uma narrativa com base em fake news e verdades alternativas, próprias de grupos políticos extremistas e radicais, por parte daqueles que nunca aceitaram as escolhas dos Vilacondenses nas eleições de 2021. Ao longo de três anos usaram o insulto e a difamação como arma política. No presente caso, a Câmara Municipal, com total transparência e legalidade, contratou as referidas prestações de serviços ( os tais “concertos”), incluindo as bandas e todos os aspetos logísticos, palcos, luz, som, camarins, etc, etc.

É sabido que as campanhas de desinformação através das redes sociais são muito difíceis de contrariar. Campanhas concertadas que, desde a tomada de posse, se materializam em insultos, injúrias e difamação ao Presidente da Câmara. Agora, já atacam a Câmara, todos os seus funcionários e, o pior de tudo, denigrem a imagem de Vila do Conde.

Como Presidente de Câmara, compete-me continuar a trabalhar com total dedicação, e o melhor que posso e sei, por Vila do Conde e pelos Vilacondenses.

Aguardamos serenamente que a Justiça, porque foram já apresentadas queixas-crime, possa defender a honra e o bom nome da Câmara Municipal e daqueles que nela têm funções políticas e técnicas.

 

E j qual o motivo de haver uma empresa predominante na mediação dessas contratações (Miguel Castro Oliveira Unipessoal) e de outras, a maioria por ajuste direto?

Está respondido na questão anterior.

Que explicações pode dar aos vilacondenses sobre o facto do Forte de S. João Baptista, património municipal (embora alvo de uma concessão), continuar fechado há quatro anos?

É um problema anterior a termos chegado à Câmara. Estes conflitos são difíceis e levam demasiado tempo a resolver. Tudo faremos para que a situação se resolva tão cedo quanto possível.

Outro caso de impacto público é a situação do antigo Palácio Hotel cuja degradação destoa naquela zona nobre da cidade. Preocupa-o a situação? O que poderá surgir ali e quando?

Temos várias situações iguais ou semelhantes na cidade e no Concelho. São problemas difíceis porque não dependem diretamente da Câmara. O nosso papel é de ajudar a encontrar boas e rápidas soluções. No caso concreto do Palácio Hotel vemos o assunto com óbvia preocupação, mas estamos convictos de que a situação será resolvida a contento de todos.

 

Estamos a menos de um ano das eleições autárquicas. Globalmente está satisfeito pela forma como o mandato decorreu até agora?

Temos trabalhado muito. Temos conseguido cumprir os principais compromissos assumidos. Nesta matéria, nunca estou satisfeito. Por mais que se faça, é preciso e possível fazer mais.

 

Vai ser recandidato ao cargo? E se sim, porquê?

 

Neste momento, só penso trabalhar em prol dos Vilacondenses. No tempo certo, tomarei a decisão e torná-la-ei pública.

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