O Livre não poupa críticas à forma como a autarquia de Vila do Conde lidou com os efeitos do mau tempo provocado pela passagem da Depressão Meteorológica “Cláudia”.

Em comunicado enviado ao jornal Terras do Ave, o partido refere que constatou a “impreparação” do executivo socialista em enfrentar com os problemas causados pela saída do leito da Ribeira da Lage, em Modivas, e que causaram “prejuízos de ‘centenas de milhares de euros’ e a aflição da população local”.

Apesar disso “expressa “ apoio às vítimas” e agradece à Proteção Civil “e às equipas autárquicas que se empenharam nas operações de socorro”.

“Sucedendo com uma frequência cada vez maior, importa mitigar os impactos destes eventos climáticos extremos, seja pelo mapeamento de locais mais suscetíveis e reforço dos meios adequados para a Proteção Civil, mas também pela reabilitação e manutenção de ecossistemas, habitats e infraestruturas verdes, no sentido de aumentar a resistência e resiliência do território”, propõe.

“Recusamos aceitar que a resposta se limite a contabilizar prejuízos e a persistir com as mesmas estratégias e procedimentos. Defendemos, com base no conhecimento científico, uma mudança de paradigma.  É urgente dotar os nossos municípios de alternativas para absorver os excessos de pluviosidade, implementando Soluções Baseadas na Natureza e Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável (tais como “jardins de chuva” ou pavimentos permeáveis), na revisão do PDM e em todas as novas urbanizações”, complementa.

Por outro lado, a força partidária regista “a falha de planeamento e descoordenação entre a Câmara Municipal e a Infraestruturas de Portugal, que pôs em risco a ponte D. Zameiro — um dos ex libris do concelho e de inestimável valor histórico e arquitetónico —, perante a ameaça ao ecossistema duma espécie invasora”, os jacintos d’água.

“Estas ocorrências, embora potenciadas pelas alterações climáticas, são também falhas políticas”, acusa o partido Livre.

Recorde-se que o presidente da Câmara, Vítor Costa, sustentou que a dimensão do fenómeno atmosférico e as consequências do mesmo deverão suscitar uma ação do Governo (recorde aqui) .

A informação sobre o município é presença habitual na edição em papel do seu jornal Terras do Ave, como a que já está nas bancas (veja aqui).

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