Fez-se história ontem à noite, 2 de outubro, em Vila do Conde.
Pela primeira vez na factualidade do município os três jornais locais juntaram-se para levar a efeito, conjuntamente, no Teatro Municipal, um debate com todos os candidatos à presidência da Câmara Municipal, nas próximas eleições autárquicas (no final desta página tem um acesso para o vídeo do facto histórico que ultrapassou as três horas) .
Tendo em conta a disposição no palco (ditada por sorteio) que se pode ver na fotografia em destaque compareceram (da esquerda para a direita): Pedro Silva (Chega), Humberto Martins (BE+PAN), Luísa Maia (PSD/CDS), Carlos Macedo (Iniciativa Liberal), Nádia Marques (CDU) e Vítor Costa (PS).
Todos salientaram, no final, a “elevação” como decorreu o debate, que permitiu a cada concorrente transmitir, serenamente, as suas ideias sobre as matérias propostas pelos jornais.
Recorde-se que a moderação foi assumida pelos diretores das publicações organizadoras: Afonso Ferreira, do Terras do Ave; João Amorim Costa, do Jornal de Vila do Conde e António José Gonçalves, do jornal Vilacondense.
Na plateia estiveram 20 convidados de cada jornal e duas dezenas de apoiantes de cada candidatura.
Houve uma ou outra situação pontual de interrupção causada por uma intervenção (protesto ou apoio) mais audível da plateia e até um susto coletivo provocado pelo inusitado rebentamento de uma lâmpada levando Vítor Costa a desanuviar o momento, glosando com expressões bem conhecidas da memória do pós– 25 de abril de 1974:
“o povo é sereno, é só fumaça, ninguém nos há-de-cortar a voz”, expressou entre sorrisos no palco e nos mais velhos sentados da plateia.
O edil, sendo recandidato, esteve, como era esperado, debaixo de fogo de todos os restantes candidatos, mas houve um alvo comum de todos os opositores: os elevados gastos em “festas e festinhas” – frase repetida amiúde- em desfavorecimento de outros investimentos em infraestruturas básicas, por exemplo.
Na edição em papel do seu jornal Terras do Ave iremos detalhar algumas dessas críticas e da defesa do socialista, mas, para já, marcamos algumas das vertentes das “mensagens finais” do sexteto.
Nádia Marques frisou que as listas da CDU são compostas por pessoas “capazes e honestas” e que o “voto útil” da “força do trabalho” é na coligação PCP/PEV.
Pedro Silva e Humberto Martins aproveitaram esse derradeiro momento para recuperar parte das promessas que já tinham adiantado ao longo do debato e que, constando dos seus programas, “são mesmo para cumprir”, asseguraram.
Carlos Macedo (IL) fez um apelo aos “revoltados” como ele próprio diz se sentir por entende ser “emergente mudar Vila do Conde”.
Luísa Maia defendeu que a sua coligação é a única que está em condições objetivas de tirar o poder ao PS e, por isso, os vilacondenses terão de optar se pretendem que as coisas continuem como estão, ou se preferem a “mudança”, a “lufada de ar fresco” que significa a candidatura PSD/CDS.
Vítor Costa fez um apelo ao voto, ao ato em si – “votem independentemente da sua orientação” – , mas rematou com a esperança de que vai “continuar a merecer a confiança” dos vilacondenses para um novo mandato.
Passado o debate, as candidaturas regressam à campanha e esta sexta-feira a feira semanal será um dos pontos de principais confluências de políticos e apoiantes.
Pode recordar o debate aqui
As notícias sobre Política integram habitualmente a edição em papel do Terras do Ave como a que já está nas bancas (veja aqui)
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