Depois das campanhas eleitorais o povo falou e o resultado das eleições autárquicas em Vila do Conde foi o mais ou menos esperado, não obstante algumas dúvidas e expetativas sobre o comportamento do eleitorado chegano depois dos resultados das eleições legislativas.
Os eleitores, maioritariamente, apreciaram o mandato de Vítor Costa, que conta com 5 membros no executivo. Foi a prova do algodão para a estratégia seguida. A festaria e a omnipresença deram os seus frutos.
O PSD/CDS não se conseguiu impor e apesar de ter captado mais alguns votos só elegeu 2 vereadores. Luísa Maia fez o que pode, mas não conseguiu convencer a maioria, talvez porque durante quatro anos não fez verdadeira oposição. Andou a arrumar a casa, e em política, a casa, leia-se o partido, é sempre uma bolha.
O CHEGA meteu uma lança no executivo, o que, ao contrário do que se possa pensar, foi um resultado de considerar. Nunca em Vila do Conde fora do PS e do PSD, ou PSD/CDS, outro partido o conseguira. A extrema direita no executivo, embora como oposição, será de acompanhar com atenção.
Os outros partidos fizeram democracia, mas ficaram de fora. Daqui a quatro anos há mais.
Em suma, a maioria no executivo está garantida. Não haverá bloqueios ou desculpas para a governação. Não conhecemos o rumo, e não podemos dar crédito às promessas por cumprir que vinham do anterior mandato, mas é hora de deixar trabalhar quem foi eleito para governar e quem foi eleito para fazer oposição. Oxalá desta vez se cumpram as promessas, para bem de todos.
Este artigo está na última edição em papel do seu jornal Terras do Ave e que já encontra à venda nas bancas.
Outros autores de opinião no mesmo número : Francisco Mesquita, João Paulo Meneses, Gualter Sarmento, Pedro Pereira da Silva e Carolina Vilano.
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