A reunião pública da vereação, que se realizou ao final da tarde de ontem, voltou a ter momentos de fricção verbal entre Pedro Gomes (movimento independente Elisa Ferraz /Nós Avançamos Unidos (NAU)) e o presidente da Câmara, Vítor Costa (recandidato do PS).
No período antes da ordem do dia, o vereador da oposição, disse que tinha várias questões para colocar ao edil, mas Vítor Costa instou Pedro Gomes a apresentar todas as dúvidas de uma só vez, respondendo-lhe no final.
O que não iria acontecer.
“Isto é demonstrativo da sua personalidade. E, por isso, não há um autarca que goste de si, mesmo do seu partido”, vincou o vereador, no final,
“Já está a ultrapassar os limites”, aduziu Vítor Costa, que contou com o apoio da funcionária para apaziguar o ambiente, convidando o público a sair do Salão Nobre.
Antes, sensivelmente a meio da reunião, já tinha ocorrido outro momento de tensão entre ambos.
O eleito da NAU enumerava as obras da Estratégia Local de Habitação que não arrancaram (obras de 50 milhões de euros que não começaram) e a determinada altura mencionou a anunciada contratação de 90 frações na parte sul do concelho.
Um negócio de 15,4 milhões feito com a imobiliária “Etmarim, de um amigo seu, Pedro Pinho”, mencionou Pedro Gomes.
Ora, Vítor Costa não deixou passar esta frase em claro e, num tom impressivo, inclusive sobrepondo a sua voz à do vereador, expressou: “não admito insinuações sobre compadrios e amiguismos”.
Pedro Gomes foi retribuindo de forma repetitiva: “eu quando vou a reuniões, continuo a usar telemóvel e relógio”, sem mais explicar o que queria dizer com isso.
A reunião prosseguiria com tensão no ar, mas todos os assuntos foram aprovados.
Este assunto será desenvolvido na próxima edição em papel.
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Foto: arquivo
