Bruno Ferreira, a quem o Correio da Manhã (CM) identifica como sendo “da empresa que está a explorar a pista de Guilhabreu” admite, em declarações àquele jornal, que não possui seguro do espaço.

“Se isto não está legal nenhuma companhia nos faz seguro”, justifica.

Recorde-se que, no passado sábado, na sequência do despiste de um carro, que participava numa corrida com outro, ficaram feridos três espetadores:

um menino de 14 anos, um jovem de 20 anos e um homem de 45 que sofreu fraturas graves nas pernas, descreve, por sua vez o JN.

Tal como lhe contámos no próprio dia, o carro atingiu um muro ao qual se encontravam encostadas diversas pessoas interessadas em ver a corrida entre os veículos de alta cilindrada, lado-a-lado, numa reta (recorde aqui).

Bruno Ferreira, em declarações ao mesmo jornal (CM), descarta a possibilidade de ter havido edificações à margem da lei.

“A pista não foi construída de forma ilegal. Tudo foi feito com o conhecimento da Câmara de Vila do Conde. Sei que existem plantas na câmara”, salienta.

No entanto, esta versão contraria a afirmação do edil Vítor Costa que, em 2023, afirmou à TVI:

“Na Câmara de Vila do Conde não há qualquer tipo de licenciamento para qualquer tipo de atividade na chamada pista de Guilhabreu. É um terreno que não está licenciado para qualquer tipo de atividade, que não seja o uso do solo que o Plano Diretor Municipal permite”.

As declarações de agora de Bruno Ferreira não encaixam também na sustentação do Ministério Público (MP) que, a propósito da recente dedução contra o proprietário e mais sete pessoas de uma acusação de um “crime ambiental”, esclareceu em julho passado:

“Em 1994, de forma não licenciada, foram edificadas pistas para provas, boxes e variados edifícios de apoio (bilheteiras, arrumos e armazéns, instalações sanitárias, espaços administrativos e bar)”.

O MP solicitou, nessa altura, a aplicação a oito pessoas (incluindo o proprietário do espaço) de uma multa de 300 mil euros “pelo dano ecológico (componente do ar) e pelo dano moral coletivo causados”.

E requereu ao Tribunal “a aplicação de medidas de coação visando a suspensão de tais atividades” – as corridas, por exemplo – que têm “vindo a produzir níveis de ruído que afetam as populações residentes nas imediações da Pista, sendo projetado a, pelo menos, 2km de raio, em níveis, por vezes, legalmente inadmissíveis”.

Bruno Ferreira garante, ao CM, que nos despiques como os do passado sábado “não há prémios, nem apostas” e “quem quer fazer uma brincadeira assina um termo de responsabilidade e a gente deixa entrar”.

“É preferível andar cá do que ir para as ruas”, defende o entrevistado do diário.

As notícias sobre Segurança integram habitualmente a edição em papel do Terras do Ave como a que já está nas bancas (veja aqui)

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