Como grande amante de cinema e da sua história, Jurassic Park de 1993 realizado por Steven Spielberg é um dos filmes que faz e sempre fará parte do meu imaginário de criança. Desde que vi o filme que fiquei fascinado pelo mundo dos Dinossauros e claro, quando cresci e comecei a estudar cinema rapidamente percebi que o filme foi um marco de mudança na forma como se faz filmes. Mas essa é uma conversa para outra altura.
Hoje estamos aqui para falar de Jurassic Word: Ribirth, do diretor Gareth Edwards que aparece depois da trilogia Jurassic World que trouxe o mundo dos Dinossauros de volta ao grande ecrã. Confesso que não fiquei muito fã da nova trilogia. O primeiro filme é interessante, mas demasiado sustentado nas criações digitais. Já os outros dois perderam a essência que a trilogia original tinha por isso, foi com muita expectativa que fui ver este novo capítulo da história. Em Ribirth temos uma história separada das que já conhecemos e honestamente agradeço por isso. Scarlett Johansson protagoniza o filme como Zora, uma especialista em operações secretas que tem de liderar uma equipa até uma ilha onde se faziam os testes e experimentos de pesquisa para o Jurassic Park, ou seja, onde os Dinossauros que não ficaram parecidos aos Dinossauros reais foram deixados.
Esta nova história acabou por me cativar porque primeiro leva os personagem para uma ilha perdida cheia de Dinossauros e essa é a premissa original da franquia e depois porque mostra-nos uma história separada do que já tínhamos visto e claro, é muito mais plausível ver personagens novas a ter de fugir de Dinossauros do que ver sempre os mesmos com a mesma sorte. Sim eu sei, ser plausível não é critério na franquia, mas ao menos uma mera tentativa para podermos tentar acreditar no que está a acontecer é o mínimo pedido.
Concluindo, gostei bastante do filme. Não é extraordinário nem é um marco no cinema como o original, mas ao menos tenta ser exatamente isso, original. Para algumas pessoas a ideia de Dinossauros mutantes pode parecer estranha porque no fundo deixam de ser Dinossauros e passam a ser monstros genéricos parecidos com Dinossauros mas acho que o filme conseguiu criar muito bem a sua ambientação e os Dinossauros parecem de facto Dinossauros mas com algumas mutações genéticas como um braço a menos ou uma perna a mais. Tirando a surpresa final, o D-Rex que realmente não me convence, acredito que quem vê o filme rapidamente sente que estes monstros são Dinossauros. É um filme cheio de ação e que traz de volta a intensidade da franquia original e por isso, acho que é um filme que vale bastante a pena ver.
Nota: Este artigo está na última edição em papel do Terras do Ave com data de 6 de agosto (data que deve ser tida em conta para o devido enquadramento temporal do conteúdo).
É publicado aqui neste dia porque, após um período de férias logo a seguir ao lançamento desse número, o trabalho já foi retomado no jornal.
Outros autores de opinião: João Paulo Meneses, Abel Maia, Gualter Sarmento, Pedro Silva Pereira e Sofia Castro.