A Lactogal, a quem a Associação Portuguesa do Ambiente (APA) associou a responsabilidade de poluição no rio Onda, assegurou este sábado o seu “total compromisso em colaborar com as autoridades competentes para a célere e eficaz resolução desta ocorrência causada por resíduos orgânicos”.
A posição da firma foi divulgada pela Agência Lusa, que recebeu um comunicado da Lactogal através do qual a empresa garante estar “a trabalhar incansavelmente para resolver esta situação, de forma duradoura e eficaz”.
No entanto, acrescenta também que “a sua atividade decorre da ordenha de animais com periodicidade diária, não pode parar”, uma vez que “a interrupção total da produção significaria a morte de muitos animais”.
O Jornal de Notícias adianta que, nesse documento, explica-se que as águas residuais da unidade industrial são “orgânicas e biodegradáveis” e “tecnicamente valorizáveis em processos de compostagem para serem utilizados em espalhamento agrícola ou na produção de biogás e fertilizantes orgânicos”.
Mas se na sua composição são “considerados ‘verdes’ – ou seja, passíveis de tratamento biológico – a classificação atribuída pela APA é ‘cor-de-laranja’. Esta classificação impõe restrições significativas ao seu tratamento em algumas infraestruturas, nomeadamente em Espanha, que apenas aceitam efluentes com a classificação ‘verde’”.
A Lactogal aproveita para apelar à resolução desta ” divergência de classificação” de forma a não representar “um obstáculo inesperado e limitativo na procura por soluções de tratamento externas”.
A poluição no rio Onda (verificada pela APA – veja aqui) levou a Delegação Regional de Saúde a desaconselhar os banhos nas praias de Labruge (Vila do Conde) e Angeiras Norte (Matosinhos), como dissemos aqui.
As notícias sobre Ambiente integram a edição em papel do Terras do Ave como a que está nas bancas.
Adquirir um exemplar (um euro) é uma das formas que tem para ajudar o seu jornal, que não possui quaisquer apoios ou publicidade institucionais, a prosseguir a sua missão (veja o que traz aqui).
