A definição de Vila do Conde como uma nova “Área de Risco Potencial Significativo de Inundações” (APRSI) integra o “Projeto de Relatório de Avaliação Preliminar dos Riscos de Inundações” que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem em consulta pública até 30 de junho.

Na Região Hidrográfica em causa além da situação vilacondense são propostas mais duas APRSI, Matosinhos e Maia-Valongo, sendo estas duas últimas devido à previsibilidade de cheias pela subida do caudal do rio Leça.

É defendida a manutenção das áreas já anteriormente identificadas. Quatro por razões fluviais (Braga- Este; Braga-Padim da Graça; Esposende; Póvoa de Varzim e Santo Tirso) e uma costeira (Ofir-Apúlia).

O projeto da APA é o reflexo de uma Diretiva da União Europeia que exige aos países medidas para “reduzir os impactos negativos das inundações sobre a população, o ambiente, o património cultural e as atividades económicas”

Esse normativo legal prevê, a cada seis anos, a revisão da avaliação dos riscos tendo para tal sido feito um “levantamento dos eventos de inundação ocorridos entre 1 de outubro de 2018 e 30 de setembro de 2024”.

Nessa compilação encontram-se, em Vila do Conde, “galgamento costeiros” em “praias e envolventes (11 no ano 2019 e 2 em 2020) e, em 2023, três cheias causadas por “forte precipitação” que causaram danos, pelo menos, em “moinhos reabilitados” e num alojamento local”.

É, por isso, um concelho com áreas com “uma potencial de inundação”, sobretudo tendo em conta as suas caraterísticas atuais e a previsão de eventos futuros decorrentes de “eventos futuros” associados às alterações climáticas.

Para a definição das ARPSI é ponderada também a “vulnerabilidade” às inundações em três fatores: social (população), socioeconómica e dos edifícios. Nos três itens, o risco é “muito elevado” na margem direita do Ave, na parte mais urbana.

O jornal Terras do Ave procura trazer na sua edição em papel todas as informações que possam ser relevantes para o município e para a população.

Este é um assunto que encontra desenvolvido na edição que está nas bancas(veja aqui a 1.ª página)

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