Vila do Conde esteve no epicentro de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) que, segundo um comunicado da força de segurança, “resultou na detenção de quatro pessoas e na constituição de 19 arguidos (singulares e coletivos) pela presumível prática dos crimes de associação criminosa, branqueamento, fraude fiscal e falsificação de documentos”.
Dos detidos, três estão já em prisão preventiva e o quarto tem de se apresentar às autoridades três vezes por semana.
O Jornal de Notícias detalha que diversos empresários instalados na “Chinatown”, na Zona Industrial da Varziela (Vila de Árvore, Vila do Conde), não declaravam parte dos lucros às Finanças e utilizavam uma “organização de carater transnacional” (expressão da PJ) para “lavar” o dinheiro desviado do Fisco.
As notas eram recolhidas , de carro, por um grupo da tal organização que se encarregava de as espalhar (depositar) por inúmeras contas bancárias criadas ao longo dos últimos anos, em nome de empresas de fachada (por vezes com recurso a documentos falsos) ou de “testas de ferro” (pessoas a quem pagava para utilizar as identidades).
Evitavam assim que fossem acionados os alertas bancários para depósitos elevados e sucessivos.
Numa última etapa, as verbas já “branqueadas” eram transferidas para contas “domiciliadas em países terceiros”, no caso para a China, identifica o JN.
A operação policial de grande envergadura, já que envolveu 110 elementos da PJ, desenvolveu-se em Vila do Conde, mas estendeu-se também à Póvoa de Varzim, Vila Nova de Gaia e Esposende.
Elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) colaboraram “nas diligências que tiveram lugar em armazéns/estabelecimentos e que simultaneamente serviam como residências dos suspeitos”, revela a Judiciária.
Ao todo foram concretizadas vinte e cinco buscas domiciliárias e não domiciliárias e apreendidas “quatro viaturas topo de gama, um montante superior a 1,5 milhões de euros em numerário, 25 contas bancárias, diversa documentação relativa à prática dos factos, material informático e ainda cartões bancários e de telecomunicações”, divulga a PJ.
Esta é uma notícia em atualização.
As informações sobre Segurança são habituais na edição em papel como a que está nas bancas (veja a 1.ª página aqui).

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