Nenhum elemento indicado pela concelhia do PS de Vila do Conde faz parte da lista de deputados pelo Círculo do Porto para as próximas eleições legislativas antecipadas.
Não consta nos 40 nomes efetivos exigidos nem nos cinco suplentes.
Isto ao contrário das últimas legislativas em que Sara Lobão, vice-presidente da câmara, ocupou o 17.º lugar do elenco distrital do PS embora posteriormente, nas urnas, tenham sido eleitos somente 13 parlamentares.
O jornal Terras do Ave questionou o presidente da concelhia socialista sobre esta ausência vilacondense tendo Vítor Costa dado a entender que a posição que estaria destinada a uma personalidade vilacondense, nas habituais negociações de lugares no seio das estruturas distritais e nacionais, não foi do agrado local.
“Em Vila do Conde, não somos verbo de encher”, vincou Vítor Costa que explicou, com mais pormenor a sua ideia:
“quando participamos é para contribuir, para trabalhar e quando entendemos que em determinado momento, como é o da lista de deputados, não teremos essa possibilidade, preferimos sempre dar o lugar àqueles que acreditam que, mesmo longe dos lugares elegíveis, podem contribuir”.
“Não é apenas em lugar elegível que se pode trabalhar, mas há lugares e lugares”, acrescentou o socialista especificando que “a decisão de não termos o nome foi da própria concelhia”.
Vítor Costa entende que Sara Lobão e João Fonseca são, por exemplo, dois militantes vilacondenses que “caberiam perfeitamente numa lista de deputados”, entre outros que existem em Vila do Conde e no distrito.
Perante a dimensão da concelhia local, o Terras do Ave pediu a Vítor Costa que comentasse uma eventual relação entre o peso (ou a falta dele) do PS local e a seleção feita.
“Nunca encarei uma lista de deputados como uma compensação de um qualquer trabalho de cada uma das concelhias. Não é por aí. Não tenho essa visão. O meu entendimento é que a federação distrital entendeu que estes são os mais competentes no distrito, mais capazes de defender o distrito. E assim sendo, só podia ser a favor”, justificou.
E procurando desdramatizar assegura que a concelhia está “absolutamente solidária” com as escolhas feitas.
“Não nos vão ver a contribuir, de forma ruidosa, para o que quer que seja. Não estamos contra as opções distritais. A última coisa que queremos é que uma lista de deputados seja beliscada por qualquer polémica ou situação desconfortável”, garante.
A política ocupa sempre um lugar de destaque no seu jornal Terras do Ave (veja aqui)

Array
