– O governo desperdiçou a confiança que os eleitores lhe tinham dado e desbaratou o sentido de responsabilidade que o PS lhe devotou ao longo do último ano, ao viabilizar o orçamento e ao permitir que Luís Montenegro passasse os cheques da disponibilidade de tesouraria que o governo de António Costa lhe deixou. Não sei se o eleitor vai dizer a Luís Montenegro, não te vais embora tão facilmente com a tua moção de confiança. Vais ganhar e vais à CPI explicar tudo direitinho!  Neste caso, a instabilidade não é algo que o eleitor possa dizer que receie. Teremos de concluir que assim a incentivará. A instabilidade prosseguirá, com o desprestígio e desgaste continuado do primeiro ministro e do governo. Preferindo a instabilidade, estejam à vontade.

– No mundo, a instabilidade veio para ficar e provocada pelo País mais rico do mundo. Trump, tarifa tudo e todos. Ameaça retarifar quem tarifar. Adia tarifas e ameaça suspender o adiamento. Tudo complexo, imprevisto e de efeitos difíceis de perceber. Escolhe os jornalistas que entram na Casa Branca, condiciona Universidades, entre outras malfeitorias. A sua eleição foi um exemplo que o eleitor nem sempre tem razão. Preferiram a instabilidade quando já conheciam o seu caráter. Nos Estados Unidos com as atuais maiorias, não há CPi’s que lhes valha. Da próxima vez, não estivessem tão à vontade.

– Em Vila do Conde a estabilidade está para durar. Apesar das confusões, das acusações, do incumprimento das promessas, do desrespeito pelas oposições, do valor da dívida, tudo aponta que continuará esta estabilidade no próximo ato eleitoral. Não há CPI’s no parlamento local.  Preferindo continuar esta estabilidade estejam à vontade, mas não à vontadinha.

Este artigo está na última edição em papel do seu jornal Terras do Ave (veja 1.ª página página aqui).Outros autores de opinião: João Paulo Meneses, Gualter Sarmento, Pedro Pereira da Silva, Adelina Piloto e Carolina Vilano 

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