- O Rio Ave somou quatro pontos nestas duas últimas jornadas, sem jogar bem e sem ser superior aos adversários. Quer na vitória frente ao Nacional quer no empate em Barcelos os adversários mereciam outro resultado, mas o Rio Ave tem tido a chamada estrelinha e Petit deve ter uma vela acesa à sua santinha de devoção… A sorte que nunca acompanhou Freire tem aparecido regularmente a empurrar a caravela para bons resultados e já soma 20 pontos, bastante positivo atendendo a tudo o que se passou nesta primeira volta que agora terminou. Ainda assim, há um sentimento de desilusão com as exibições da equipa. Esta segunda-feira, em Barcelos, a primeira parte foi pior do que algumas equipas da terceira liga. Como é possível estarem tão desinspirados e sem foco? Valeram os primeiros 15 minutos da segunda parte que permitiram empatar e, com um pouquinho mais de sorte, passar para a frente. Mas isso já seria pedir de mais. ‘S. Petit’ tem estrelinha, mas não abusemos…
- O mercado de transferências está aberto até dia 31. No ano passado, por esta altura, entraram 12 jogadores, como forma de dar mais qualidade à equipa, que andava pelos lugares do fim [já agora, dos 12, estão dois em Vila do Conde, Miszta e Vroussai]. E este ano? Duas questões: há lacunas no plantel, mas por outro lado há excesso de jogadores. Vamos por partes (partindo do princípio de que nenhum dos indiscutíveis vai sair): apesar de haver seis centrais e agora só jogarem dois de cada vez, nota-se a falta de um que seja rápido a sair com a bola, para jogar ao lado do indiscutível Aderlan. Será Panzo, que há bastante tempo está lesionado? Também no meio-campo há excesso de jogadores embora nenhum tenha enchido as medidas dos adeptos. No ataque é Clayton e mais 10. A questão é que há jogadores que nunca vimos em campo nesta primeira volta (Muniz, Okkas estreou-se esta semana pelos sub-23) e outros quase nada (Petrasso, Medina, Zoabi). Petit deve ter as dores de cabeça que Freire tinha e de que falou na recente entrevista (“Quando se mudam 20 jogadores não são só opções do treinador, mas sim ideias do novo projeto que o Rio Ave tem. Tudo muda com a constituição de um plantel já muito virado para a valorização dos jogadores,” disse Freire). Mais jogadores sem ninguém sair não parece uma boa opção. Atletas como Kiko Bondoso, Tiago Morais ou Muniz, todos emprestados, poderiam sair para continuarem a carreira onde pudessem ser mais felizes, mas – insisto – sem ninguém sair faz pouco sentido contratar.
- Hassan não esteve nos convocados para Barcelos e diz-se (apenas isso, nesta altura) que estará de saída, insatisfeito com o facto de não ser titular. Frente ao Gil Vicente, Clayton viu o 5º amarelo e não jogará na próxima jornada, com o Sporting. Quem será o ponta de lança? Espero sinceramente que nos próximos dias chegue alguém para jogar na frente e poder substituir Clayton, quando necessário.
- Alguns pais de atletas da formação fizeram chegar a um dos colaboradores do blogue Reis do Ave (onde também escrevo) a informação de que a iluminação da academia está a menos de 50%, havendo postes sem qualquer lâmpada a funcionar. Como é isto possível, num espaço que já custou um milhão de euros (mais?) e para onde foi prometido mais um milhão pelo proprietário da SAD? A minha explicação é a mesma, como escrevi na última edição: esta SAD, infelizmente, tem aspetos caricatos, a começar por não haver nenhum representante direto do investidor, que seja um interlocutor válido junto da estrutura de Atenas. Talvez o cenário de uma deslocação do investidor a Vila do Conde, no próximo dia 23, quando o Olympiakos jogar no Dragão, possa ajudar a resolver estes e outros problemas, incompreensíveis face às promessas de milhões.
Publicado na última edição em papel do seu jornal .
Outras opiniões: Romeu Cunha Reis, Miguel Torres, Elizabeth Real de Oliveira e Fátima Augusto.
A 1.ª página é esta .
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