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“Depois da humilhação na Luz, só resta um fio de paciência…”, por João Paulo Meneses (opinião)
- Custa escrever estas coisas, mas são factos indesmentíveis: o Rio Ave saiu da Luz humilhado pelo resultado, mas sobretudo pela exibição. Na época passada perdemos 4-1 na Luz, mas o Rio Ave terá feito a melhor exibição da época (uma expulsão na segunda parte deitou tudo a perder). Desta vez não há nada que se possa dizer a nosso favor. Jogadores sem garra, com uma atitude demasiado frouxa e sem intensidade. Perdemos 5-0 e até foi pouco para as oportunidades que eles tiveram e para as zero oportunidades que o Rio Ave teve (Mizta foi o nosso melhor jogador). Como é possível jogar tão mal? O que se passa com esta equipa e com este treinador, que fazia melhor quando não tinha recursos do que agora que tem um extenso plantel à sua disposição? Se era para perder por poucos mais valia termos apenas defendido (que foi basicamente o que fizemos) com mais jogadores na defesa e no meio-campo. Os Rioavistas já não estão habituados a serem humilhados noutros campos.
- Freire já lançou quase todos os 19 reforços que chegaram. Soluções não lhe faltam, mas muitos deles estão longe de confirmarem que são reforços (exemplos? Aqui ficam três: Pohlmann, Bondoso ou Tomé). Com as alterações feitas na Luz, Freire deitou abaixo o seu onze-base, fazendo experiências (Mizta até acabou por ser o melhor). Correu, como era normal, mal. Não faltam opções, falta o quê? Freire voltou a ser ‘despedido’ no final do jogo da Luz pelos adeptos presentes e se não ganhar ao Casa Pia juntar-me-ei a eles, sábado na bancada. Sábado é tudo ou nada.
- Daqui para a frente o Rio Ave tem oito jogos com equipas a quem tem obrigação de ganhar (ou pelo menos pontuar, fora de Vila do Conde). Acabaram as desculpas. O fundo da tabela olha para nós. O investidor, imagino, será o primeiro a estar descontente com o que se passa: não só os resultados são fracos, com a equipa é inconstante nas exibições e nenhum jogador se está a destacar.
- Na última Assembleia Geral, além da aprovação do Relatório e Contas relativo a 2023/24, a Presidente do Clube (e vogal da Administração da SAD) revelou que o investidor grego (formalmente a RAH Sports) vai deixar em Vila do Conde, até 30 de junho de 2025, cerca de 26 milhões de euros. É evidente que este dinheiro não se destina todo ao futebol: foi preciso liquidar dívidas, há alguns investimentos (no estádio, por exemplo), há ordenados da estrutura para pagar e abate do passivo. Serão 17 milhões para o orçamento da SAD, mais 6 gastos em ativos (jogadores). O meu comentário: no final de contas, o Rio Ave agora é uma empresa e, como todas, tem de dar lucro. Mas não esperava um investimento tão forte logo no primeiro ano, que até tem sido descrito como ‘ano-zero’ Publicado no jornal (edição em papel) a 30 de outubro. Outras opiniões: Abel Maia, Elizabeth Real de Oliveira, Adelina Piloto, Gualter Sarmento e Fátima Augusto.

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