Ana Luísa Beirão apresentou a renúncia ao cargo, “com efeitos imediatos”, de presidente da Assembleia Municipal de Vila do Conde.

Mas não o fez como deputada e, em tese, ainda poderá voltar a ocupar o lugar qual foi eleita, nas listas do PS (embora como independente). Uma decisão – a saída definitiva – que, ao que apuramos, ainda não foi tomada.

Embora a lei não o exija, a líder do órgão deliberativo municipal enviou uma carta aos líderes das bancadas parlamentares (com exceção do PS) e à própria assembleia a anunciar a saída da presidência.

Recorde-se que os socialistas retiraram a confiança política a Ana Luísa Beirão depois do propalado caso da frase que ela disse em surdina,  no final a intervenção de um deputado do Chega: “Ai, que vontade de lhe partir o focinho”.

A presidente justificou que o seu comentário nada tinha a ver com o deputado em causa nem com a sua intervenção, mas com uma expressão, em voz alta, de um pensamento que lhe surgiu na sequência de ameaças que estava a receber no telemóvel. Mas nem assim, o PS a segurou.

A presidente garante que pretendia continuar no cargo e enfrentar a oposição à sua continuidade (como anunciou na rede social Facebook), mas a situação de “ameaças graves e execráveis” de que foi alvo (e que já mereceram uma queixa ao Ministério Público) começaram a afetar a vida pessoal e profissional do filho, que está a 11 mil quilómetros de distância, e por isso tomou a decisão de sair para – argumenta – “salvaguardar o bem-estar daqueles que são a única parte mais importante da minha vida”.

O seu jornal Terras do Ave já conseguiu falar com Ana Luísa Beirão e chamamos a atenção para a edição que amanhã chegará às bancas e que abordará esta matéria com mais detalhe e revelações surpreendentes.

Na versão em papel de amanhã encontrará, pois, outros dados e opiniões da até agora presidente da assembleia sobre o que, no seu entender, se passou e quem causou a tempestade política suscitada com a tal frase polémica.

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