Opinião de Abel Maia
A revolução de abril cumpriu meio século. A festa não foi só bonita, pá. A festa valeu a pena, pá. Somos um país diferente, melhor, com índices de desenvolvimento e de exigência de cidadania, de felicidade individual e coletiva, incomparávelmente maiores. Agradecer, preservar e melhorar a democracia e os avanços sociais e humanos que conquistamos. Os perigos são vários, não necessáriamente da mesma natureza, mas mais sofisticados. A europa e o mundo têm mostrado esses perigos. Soubemos no 25 de novembro de 75 anular alguns perigos e tentações. Saibamos anular os populismos que trazem nuvens pouco claras. Festejar o 25 de abril sempre. Marcelo Rebelo de Sousa está debaixo de fogo.
– Deu abraço amigo de urso aos 1º ministros, ex e atual. Eles já conhecem o presidente. Silêncio de ambos. Gosto.
– Falou com falta de tato de assunto sério e importante, como a conolização. Até o acompanho um pouco. Não se deve muito mais tempo empurrar o assunto das vítimas da conolização e das vítimas da desconolização para debaixo do tapete. Mais tarde ou mais cedo, teremos de o discutir. Arranjou forma de o discutirmos mais tarde do que cedo.
– Pretendeu em vão acordar do sono a Procuradora da República, abanando Maquiavel. Fez mal. Não valem a pena esclarecimentos que, sabemos, nunca serão dados. Não lhe está na natureza.
Cumprir promessas eleitorais com estilo não é para todos. Que o diga Montenegro. Deu a entender que prometia mil e quinhentos milhões de euros no irs. No poder são trezentos milhões. Cumpriu um quinto, mas continua a falar no montante superior já em vigor. Cumpre por interposta pessoa, Grande estilo. Promissor.
Publicado no jornal a 1 de maio. Outras opiniões: Gualter Sarmento, Adelina Piloto, João Paulo Meneses e Carlos Real. Na atual edição em papel: R. Cunha Reis, Elizabeth Real de Oliveira, Pedro Pereira da Silva, Miguel Torres, João Paulo Meneses e Carolina Vilano.
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