Já arrancaram as obras de restauração do Património dos Pobres, em Fajozes. Os custos das intervenções nas três casas rondam os 190 mil euros e serão pagos pela Fabriqueira da Igreja com ajuda do fundo social 2020 Litoral-rural (65 por cento). As obras deverão estar concluídas até ao final do ano.
Filipa Santos, secretária da fábrica da igreja, contou ao jornal Terras do Ave que o principal objetivo desta empreitada é “recuperar e preservar o património”, e, para tal, as três casas irão “ficar em salões” que terão anexadas casas de banho para “não roubar espaço” ao interior. O espaço envolvente será também arranjado. Após a conclusão das obras, uma casa será fornecida à Associação Cultural e Desportiva de Fajozes, outra será para a Conferência Vicentina de São Pedro de Fajozes e a terceira ficará a cargo da paróquia onde serão realizadas atividades para jovens e seniores. A paróquia tem de investir cerca de 60 mil euros e, de modo a angariar fundos, já realizou um cortejo e uma noite de fados, sendo que já estão planeadas outras atividades com o mesmo intuito. Filipa Santos mostrou-se confiante que será possível angariar dinheiro suficiente, uma vez que “as pessoas contribuem bastante para as causas da freguesia”.
O Património dos Pobres foi uma obra levada a cabo pelo Padre Américo no ano de 1955 e que acolhia “pessoas com poucas possibilidades”. Na altura, cada casa correspondia a duas habitações. Os últimos moradores saíram dali há cerca de vinte anos e o património “chegou a estar realmente abandonado”, sobretudo devido “à incapacidade económica da paróquia”. Apenas em março de 2022, foi feita uma limpeza ao terreno com dinheiro que havia sido angariado em algumas festas.
Array
