Há exatamente 537 anos, em 27 de fevereiro de 1487, o rei D. João II criava, por carta, a Alfândega Régia de Vila do Conde, num contexto de aumento exponencial do comércio marítimo.
O edifício foi modificado (ampliado) no século XVIII face ao acréscimo das compras e vendas, mas já no século XX entrou em degradação acabando por acolher serviços da Guarda Fiscal e, posteriormente, de armazém aos estaleiros que até 1993 ocuparam aquela parte da margem direita do rio Ave.
Em 1997, a Câmara Municipal conseguiu a aprovação de uma candidatura, intitulada “Viagem à Rosa dos Ventos”, a fundos europeus (Projeto Piloto Urbano) e o imóvel foi recuperado e adaptado a uma função museológica sobre a alfandegagem e a construção naval em madeira. Foi lá também sedeado o Centro de Documentação dos Portos Marítimos Quinhentistas CEDOPORMAR, com “60 mil imagens, reproduzindo 10.300 documentos originais pertencentes a arquivos e bibliotecas nacionais e estrangeiras”. Esse restauro foi inaugurado em junho de 2001, numa cerimónia que assinalou também a criação da Praça D. João II.
O núcleo museológico Alfândega Régia – Museu de Construção Naval tem, como complementos, a réplica da nau quinhentista (acostada ali ao lado e inaugurada em 2007 ) e a Casa do Barco (aberta em 2014), ambas situadas na rua Cais da Alfândega.
A edição em papel do seu jornal Terras do Ave procura dar sempre atenção à história e património de Vila do Conde.

